OBSESSÃO – PARTE FINAL

– Diga onde ela está?

– Eu não fiz nada.

O homem foge, descendo as escadas. Valéria vai atrás dele, e o derruba, algemando-o.

– Desgraçado.

Ela telefona para Henrique e pouco tempo depois, ele chega ao local, junto com viaturas da polícia e peritos.

Com a movimentação, Jurema, Clotilde e outros moradores saem à rua.

– Mãe! Eu não fiz nada.

– Meu filho!

– Filho? – Pergunta Valéria, surpresa.

– O que houve, detetive? Por que ele está algemado?

– Sinto muito, Clotilde, mas seu filho é suspeito de ter sequestrado Débora.

– Não é possível! Deve haver algum engano.

Valéria coloca o filho de Clotilde na viatura e ele é levado para a delegacia.

– Detetive, ele não machucaria Débora, meu filho é um bom menino!

– Acalme-se Clotilde! Se ele não fez nada, será liberado. Não é, detetive? – Diz Jurema, tentando acalmar Clotilde.

– Sim.

– Oh, meu Deus! Isso não pode estar acontecendo!

Valéria e Henrique entram na casa. Os peritos estão examinando tudo e recolhendo provas.

Em um dos quartos, fotografias de Débora estão coladas nas paredes. Sobre uma cama, havia roupas íntimas, recortes de revistas e jornais com notícias sobre ela, e os dois livros publicados. Sobre uma mesa pequena, binóculos e mais fotografias.

– Mas o que é isso? – Pergunta Henrique, impressionado.

– Era daqui que ele a observava. Preciso ir para a delegacia. Você vem comigo?

Os dois chegam à delegacia e vão interrogá-lo.

– Eu não fiz nada. Eu não fiz nada!

– Para onde você levou Débora?

O homem apenas repetia: “Eu não fiz nada!”

Clotilde, Manoel e Jurema chegam à delegacia.

– Onde está meu filho?

– Quem é seu filho?

– Marlon Soares.

– Ele está sendo interrogado.

– Quero vê-lo agora.

– Desculpe senhora, mas não será possível.

– Por favor, policial! Avise a Detetive Valéria que Clotilde está aqui, eu posso ajudar.

– A senhora deve aguardar. Assim que a detetive puder, ela virá falar com a senhora.

– Não, chame-a aqui agora. É importante. Por favor!

Com pouca boa vontade, o policial, mais para se ver livre de Clotilde, chama Valéria.

– Detetive, deixe-me falar com meu filho.

– Infelizmente, não posso Clotilde. Ele é um suspeito, o estamos interrogando.

– Ele lhes disse alguma coisa?

– Não. Ele fica repetindo a mesma coisa, que ele não fez nada.

– Então, detetive! Deixe-me falar com ele. Comigo ele vai falar.

Valéria entra em uma sala com Clotilde.

– Mãe! Eu não fiz nada, diz isso a eles.

– Eu sei, meu filho. Eles só precisam saber o que você estava fazendo naquela casa. Diz pra mamãe.

– Eu só estava olhando.

– Olhando Débora?

– Não. Débora foi sequestrada.

– Foi você quem a sequestrou, filho?

– Eu não fiz nada. Eu só quis olhar a casa. O binóculo é legal, posso ficar com ele?

Valéria se irrita.

– Escuta aqui seu idiota! Pare de tentar nos enganar, se fazendo de garoto assustado. Diz logo para onde você levou Débora.

– Eu não fiz nada.

– Detetive, por favor, deixe-me falar com ele.

Valéria se encosta na parede. Está sem paciência, mas deixa Clotilde falar com o filho.

– Conte pra mamãe o que você estava fazendo naquela casa.

– Eu já disse, estava olhando.

– De quem é aquela casa, você sabe?

– Sei. É de um vulto. Tem capa preta e capuz.

– Pelo amor de Deus! – Diz Valéria, colocando as mãos na cabeça.

– Você já falou com esse vulto?

– Não. Mas sempre o via entrando e saindo da casa. Ele tirava fotos de Débora, acho que ele gosta dela.

– Como é o vulto que você viu?

– É grande. Muito grande. E tem um carrão preto.

– Carro preto? Como é esse carro?

– É igual do tio Antônio.

– Uma pick-up?

– Isso mesmo.

– Meu filho, além disso, o que mais você viu?

– O binóculo. Eu posso ficar com ele?

– Pode. Mas fale mais alguma coisa sobre esse vulto.

– Eu não sei. Ele não apareceu mais. Aí, eu entrei na casa para olhar.

Clotilde e Valéria saem da sala.

– Detetive, não foi meu filho quem sequestrou Débora. Vocês precisam achar essa pick-up preta, assim, podem encontrar Débora.

– Clotilde, você sabe quantos carros assim existem nesta cidade? Sem a placa, é impossível.

– Posso levar meu filho para casa?

– Ainda não. Desculpe.

Valéria pede a um colega que tente descobrir se há câmeras na rua e nas imediações da casa de Débora.

Ela procura o perito.

– Val, encontrei um endereço de onde a pessoa se conectava. Ela está conectada neste exato momento.

– Tem certeza?

– Absoluta!

Valéria chama Henrique e os dois se encaminham para o local. Atravessam a Ponte Rio-Niterói em direção ao Rio. Após enfrentarem um congestionamento, eles chegam ao local.

– Esperem! Não podem entrar…

– Somos da polícia. – Henrique se identifica para a recepcionista.

Quando Valéria entra na sala de Luciana, ela não está sozinha.

– Olá, detetive! Encontraram Débora?

– Você está presa!

– Presa? Por quê?

– Pelo sequestro de Débora Alencar.

– Não! Vocês estão enganados, não fui eu.

Valéria pega o notebook de Luciana, enquanto ela é algemada por Henrique.

– Telefone para Gisele e peça para que vá à delegacia.

Luciana dá a ordem para a recepcionista e é levada para Niterói.

– Detetive, eu não tenho nada haver com o sequestro de Débora.

– Poderia me fazer um favor, Luciana?

– Que favor?

– Cale a boca e só responda quando eu perguntar. Estou há vários dias sem dormir e minha paciência já se esgotou.

Luciana percebe que é melhor não provocar Valéria. O interrogatório começa. Valéria e Henrique não conseguem fazer com que Luciana confesse e diga onde Débora está.

Eles saem da sala. Valéria pega um aparelho de telefone e joga contra a parede.

– Droga! O que está faltando? O que eu não estou conseguindo enxergar?

– Isso será descontado do seu salário. – Diz o delegado.

– Val, você precisa descansar, não conseguirá pensar no estado em que se encontra.

– Henrique, como vou conseguir descansar, com Débora desaparecida?

– Deite um pouco, tente dormir. Garanto que você se sentirá melhor.

Valéria vai para uma sala nos fundos da delegacia e se deita em um colchão no chão.

Gisele chega à delegacia junto com Sissa.

– Sou  advogada de Luciana Delanesi.

Ela conversa com o delegado, e em seguida, Luciana é liberada.

– Por favor, diga à sua cliente para não sair da cidade. – Fala o delegado.

– E eu iria para onde? – Diz Luciana, bufando.

– Delegado, o notebook da minha cliente foi retirado de seu escritório sem um mandato. Gostaria de levá-lo de volta, se não se incomoda. Vou ignorar isso e não irei processá-lo.

Luciana pega o seu notebook, e elas entram no carro.

– Luciana, você tem alguma coisa para me dizer?

– Você está pensando que eu… – Luciana fala um palavrão para Gisele.

– Sou sua advogada e é melhor que eu saiba a verdade, não acha?

– Estou cansada de ser acusada. Eu não sequestrei Débora. Quantas vezes preciso repetir isso?

Valéria acorda ansiosa e olha no relógio.

– Não acredito que dormi todo esse tempo.

Eram 8 horas da manhã do dia seguinte. Ela levanta, vai para o escritório, toma um café e procura por Henrique.

– Venha comigo.

Lá fora, os repórteres tentam conversar com Valéria, mas ela entra em seu carro com Henrique e saem.

Eles entram em um prédio. Débora começa a olhar em todas as salas.

– Se você me disser o que está procurando, talvez eu possa te ajudar.

– Você já vai saber. Por favor, telefone para o delegado e veja se ele pode conseguir um mandato de busca e apreensão. Preciso disso urgentemente.

Uma hora depois, o próprio delegado chega com o mandato.

– Espero que desta vez você saiba o que está fazendo.

– Sei sim, chefe.

No cativeiro, Débora está comendo.

– Toda a polícia está à sua procura. Jamais vão encontrá-la aqui.

– Por que está fazendo isso? Quem é você?

A pessoa se enfurece e joga a bandeja no chão.

– Está vendo? Você nunca reparou em mim. Nem sabe que eu existo!

A pessoa se levanta.

– Você quer saber quem eu sou, não é?

– Sim.

A pessoa anda pelo quarto e, se aproximando de Débora, tira o capuz.

– Você?

Depois, tira a camisa e agarra Débora.

– Sinta meu corpo! Veja como ele ferve de amor por você.

A pessoa pega as mãos de Débora e as coloca em seu peito.

– Te amei desde a primeira vez em que a vi! A cada dia, meu desejo ia aumentando. Sentir seu perfume era como uma droga para mim. Sonhava com você todos os dias e noites, imaginando tocar seu corpo, beijar sua boca…

A pessoa beija Débora com fúria.

– Seja minha, por favor!

A pessoa arranca a camisola de Débora e amarra suas mãos na grade da cama, deixando-a imobilizada. Começa a tocar o seu corpo nu e enlouquece.

– Ah! Quanto desejo eu sinto!

Em êxtase, a pessoa toca o corpo de Débora como se fosse um objeto frágil, quebrável.

Débora chora, e implora.

– Pare, por favor!

Ela começa a se debater, tentando se livrar da pessoa que invade seu corpo sem sua permissão.

– Entregue-se a mim! Seja minha!

– Não!

Com ódio, a pessoa se levanta e começa a andar de um lado para o outro.

– Não chore! Não quero machucar você, mas não estou mais conseguindo… Por favor, deixe-me possuí-la!

De volta à delegacia, Valéria procura Saldanha.

– Este é o notebook de Luciana Delanesi. Além dela, tem como saber se outra pessoa o acessou?

– Tem sim. Um momento.

Saldanha entra nos dados do notebook de Luciana e começa a pesquisar.

– Há outro login aqui. Em um minuto vamos saber. E… Aqui está.

De volta ao Rio, no bairro da Tijuca, Valéria e Henrique chegam a um apartamento e batem à porta.

– Abram! É a polícia.

Ninguém responde e eles arrombam a porta.

– Polícia.

O apartamento está vazio. Eles entram e vasculham tudo.

– Val, venha até aqui.

Valéria vai para um dos quartos. Nas paredes e em porta-retratos, fotografias de Débora. Abrem gavetas e armários, a procura de alguma pista que possam levá-los ao paradeiro de Débora. Em uma caixa de madeira, dentro do armário de sapatos, Valéria encontra fotografias e um mapa.

– Só pode ser este lugar.

Eles saem do apartamento direto para o local. Henrique entra em contato com o delegado e diz para onde estão indo.

Já na viatura, o delegado fala ao rádio, pedindo ajuda para outro departamento policial.

– O suspeito pode estar armado. Meus colegas e eu estaremos aí em aproximadamente 2 horas. Não invadam o local até que cheguemos.

Valéria e Henrique pegam a Rodovia BR 101 em direção a Macaé.

– Val, vai me contar agora como chegou a essa conclusão?

– Ontem, quando entramos na sala de Luciana, havia alguém com ela. Lembra?

– Sim. Mas por que pensou nessa pessoa?

– Intuição talvez. Você tinha razão quando disse que se eu dormisse, conseguiria pensar melhor. Lembrei-me que quando entramos no escritório, era essa pessoa quem estava usando o notebook e não Luciana. Então, pensei que tudo era óbvio demais. A pessoa planejou tudo com muito cuidado, sabia que jamais seria alvo de suspeita. Afinal, Débora não tinha nenhum tipo de ligação com essa pessoa.

– Tão perto e nós não vimos! Parabéns, detetive! Mais um caso resolvido.

– Ainda não. Precisamos resgatar Débora, sã e salva.

Débora está sozinha no quarto. Antes de sair, a pessoa colocou a fita em sua boca. Ela está amarrada e amordaçada.

– Meu Deus! Por favor, me ajude!

Ela tenta soltar as cordas, mas não consegue. Seus pulsos estão feridos, seu corpo todo dói.

– Detetive, venha me buscar. Mãe…

Ela chora, sentindo que suas forças estão acabando, e que não há mais esperança.

Uma hora depois, a pessoa volta.

– Oi, meu amor. Você está bem?

Débora não entende porque a pessoa fala com ela, sabendo que ela não pode responder.

– Eu estava pensando. O que acha de fazermos uma viagem? Uma viagem de lua-de-mel, só eu e você. Não é uma boa ideia?

“Você é doente!” – Pensa Débora.

A pessoa chega perto de Débora e toca seus seios.

– Tão lindos!

A pessoa sai e volta em seguida.

– Olhe o que eu trouxe pra você.

A pessoa joga pétalas de rosas vermelhas sobre ela.

– Você é a mais bela de todas as flores!

Pega uma rosa vermelha e passa  pelo corpo de Débora.

– Eu te amo tanto!

A pessoa arranca a fita da boca de Débora com força e a beija.

– Hoje te farei minha mulher. Por bem ou por mal. Escolha como quer ser minha.

Débora morde os lábios da pessoa, arrancando sangue. Leva uma bofetada violenta.

– Ah! É assim que você gosta? Isso a excita?

– Não! Eu tenho nojo de você! Prefiro morrer a ter que me entregar. Você é doente!

A pessoa se levanta da cama e se despe.

– Foi você quem pediu.

– Não! Não!

– Aqui é a polícia. Saia com as mãos para cima.

A pessoa sai de cima de Débora, se veste e olha pela janela. Vários carros da polícia e uma ambulância, estão na frente da casa.

– Eles não vão tirar você de mim. Você é minha!

A pessoa abre a gaveta de uma cômoda e pega uma pistola.

– Eu já volto, meu amor.

A pessoa sai do quarto.

– Se não sair, vamos entrar.

– Entrem seus desgraçados! Vou matar todos vocês.

A pessoa começa a atirar e a polícia revida. Valéria grita.

– Parem de atirar! A vítima pode estar lá dentro.

Ela faz um sinal para Henrique e vão para os fundos da casa. Encontram uma porta e tentam abrir, mas está trancada. Henrique atira na fechadura, e Valéria entra, seguida por ele.

A pessoa, ouvindo o tiro, corre para os fundos da casa.

– Ela é minha! Ninguém vai tirá-la de mim.

Atira em Valéria, que está na frente. Ela é atingida no ombro, mas atira contra a pessoa, acertando-a no peito. Valéria se aproxima e mira na cabeça da pessoa, que está no chão.

– Não, Val! Não faça isso.

Henrique tira a arma das mãos de Valéria. Ela corre pela casa a procura de Débora. Quando entra no quarto, Débora grita.

– Não! Vai embora, deixe-me!

– Acabou!

Débora chora ao ver a detetive. Valéria a desamarra e a cobre com um lençol.

– Leve-me para casa, por favor.

– Antes, você precisa ir para o hospital.

– Não. Quero ir para casa. Quero ver minha mãe.

Valéria avisa Henrique que vai levar Débora para casa.

– Você foi baleada, precisa de atendimento. Deixe que eu a levo.

– Não é grave, foi de raspão, eu estou bem.

– Se você não entrar agora naquela ambulância, vou chamar o delegado.

Valéria é levada para um hospital e Henrique leva Débora para casa.

– Mãe!

Jurema corre para abraçar a filha.

– Minha filha! Deus ouviu minhas preces.

No dia seguinte, a notícia do resgate de Débora estava em todos os jornais e na TV.

“Fim do sequestro da Escritora Débora Alencar. Ela foi resgatada ontem de um sítio em Macaé, no Distrito de Sana. A Detetive Valéria Mendes foi baleada e se encontra internada, mas passa bem…”

“Morto o sequestrador da Escritora Débora Alencar. Seu nome eraLuis Guilherme dos Santos. Ele trabalhava como designer na mesma Editora onde os livros da escritora eram publicados…”

“Luis Guilherme tinha 35 anos. Trabalhava na Editora há 4 anos e, desde que conheceu Débora, começou a assediá-la, enviando mensagens ameaçadoras para o seu site. Sua obsessão pela escritora, o levou a planejar o seu sequestro, que terminou com sua morte…”

Rio das Ostras, duas semanas depois…

– Vem, mãe!

– Já estou indo, filha!

– Esperem por mim!

Débora, sua mãe e Solange, estão saindo para irem à praia.

– Nossa! Rio das Ostras está muito mudada.

– Há quantos anos vocês não vêm pra cá?

– Faz mais de 15 anos. Viemos antes do pai de Débora morrer.

– A cidade está linda, tia!

Solange mora no bairro de Costazul, em uma casa simples e aconchegante. Ela é irmã do pai de Débora.

Débora pula de uma pedra na praia de Areias Negras.

– Cuidado, minha filha!

– Deixe a menina, Jurema. Ela sabe nadar muito bem.

Depois de pular várias vezes da pedra, Débora se deita na areia e deixa o sol aquecer seu corpo.

– Isso é um paraíso!

Pouco antes do almoço, elas voltam para casa. À tarde, Débora está deitada em uma rede na varanda, lendo um livro, e acaba pegando no sono. Depois de uma hora, quando ela abre os olhos, vê que alguém a observa.

– Oi, escritora!

– Oi, detetive! Como está seu ombro?

– Muito bem.

Débora se levanta da rede e pede para Valéria entrar.

– Tia, esta é a…

– Detetive Valéria Mendes, a sua heroína. É um prazer conhecê-la.

Jurema e Solange preparam um lanche. Depois de comerem, Valéria pede permissão para “raptar” Débora.

– Claro, detetive! Sei que com você, minha filha estará em boas mãos.

Elas saem.

– Jurema, a detetive é… Bem… Você sabe.

– Ela é sim.

– Débora e ela estão…

– Não. Ainda não.

– Mas se Débora quiser, você não vai se importar?

– Quero que minha filha seja feliz, Solange. É só o que me importa.

Débora entra no carro de Valéria.

– Como me encontrou aqui?

– Sou uma detetive, esqueceu? E das melhores!

– E convencida também!

Valéria sorri.

– Telefonei para a sua mãe, pedindo o endereço.

– Minha mãe não me contou nada… Para onde estamos indo?

– Tenho uma casa aqui em Rio das Ostras. Mar do Norte. Conhece?

– Não me disse que tinha uma casa aqui.

– Você não me perguntou. Na verdade, a casa é do meu padrasto.

Elas chegam à casa de Valéria.

– Uau! A sua casa é linda!

Valéria abraça Débora por trás e beija seu pescoço.

– Linda é você!

Débora se vira e elas se beijam. Valéria leva Débora para o quarto e começa a despi-la.

– Não acha que está indo muito rápido, detetive?

– Não. Isso já demorou demais. E desta vez, você não vai escapar de mim.

“E quem disse que eu quero escapar?”

Pensa Débora, ajudando Valéria a se despir também.

Elas se atiram na cama. O desejo toma conta de seus corpos. Um desejo incontido, esperado, apaixonado!

Valéria beija o corpo de Débora, que se entrega sem medo, sem restrições. A cada toque, Débora estremece e geme.

Depois de fazer Débora gozar, Valéria a coloca de bruços e se esfrega em suas nádegas.

– Gostosa! Mexe pra mim, mexe!

Débora rebola e deixa Valéria enlouquecida. Valéria goza e Débora, sentando-se na beirada da cama, diz:

– Quero mais! Vem!

Débora abre as pernas levemente e Valéria, ajoelhando-se no chão, faz Débora vibrar, gritar… Gozar!

Passam a tarde se amando. Quando escurece, Débora telefona para a sua mãe e diz que não irá voltar para casa.

– Aprendi uma coisa com você, escritora.

– É mesmo? O que, detetive?

– Que às vezes, a teoria ajuda muito na prática. Você faz amor deliciosamente.

– Também aprendi uma coisa com você, detetive.

– Hmmm…

– Que a prática é muito mais excitante que a teoria. Vem cá, vem!

Valéria fica de bruços e Débora passa suas mãos pelo corpo dela, e se deita. Enquanto se esfrega em suas nádegas, Débora penetra Valéria e a faz delirar!

– Minha escritora gostosa! Ai, delícia!

– Delícia é você! Ahhh…

E juntas, chegam ao orgasmo.

Abraçadas, como se quisessem ficar assim para sempre, elas adormecem… Saciadas… Felizes… Apaixonadas!

No dia seguinte, enquanto se preparavam para tomar o café da manhã, e se arrumavam para irem à praia, Valéria liga a TV.

“Ingrid Salomão, de apenas 16 anos, filha do Promotor Thiago Balam Salomão, está desaparecida há 2 dias. Tudo indica que ela foi sequestrada. Seu pai, que está à frente do caso da máfia de prostituição de menores, disse que o desaparecimento de sua filha pode estar ligado com o caso. A polícia está investigando…”

O telefone de Valéria toca. Elas se olham.

– Ah, não! Você está de férias, detetive.

– Sim, mas… É o delegado, meu chefe.

Débora desamarra seu biquíni, se senta no colo da detetive e se toca. Passando as mãos pelos seios, a escritora, com uma voz sensual, diz:

– A polícia tem ótimos detetives, além de você. Vai me trocar por este caso?

Débora passa sua língua nos lábios, provocando a detetive. Valéria desliga seu celular, colocando-o sobre um criado-mudo.

– Acho que eles podem se virar muito bem sem mim…

Valéria joga Débora sobre a cama, e diz:

– Por enquanto!

Corpos suados…

Beijos ardentes…

Gemidos e sussurros…

Mãos que se procuram… Que se tocam… Que se encontram…

Sexo…

Desejo…

Paixão…

Amor! 

FIM

“Qualquer semelhança com nomes e acontecimentos, terá sido mera coincidência. Não são fatos reais”.

OBS: Apenas um nome é real, mas as ocorrências não fazem parte da realidade. Sissa Schultz autorizou usar seu nome.

LEIA A PARTE 1

LEIA A PARTE 2

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